vandalismo

 Para que quem acha que o graffiti é vandalismo mostro alguma historia







Vandalismo ou “pichaçao” é o acto de escrever ou gatafunhar sobre muros, fachadas de moralizações, asfalto de ruas ou monumentos, usando tinta em spray aerossol, dificilmente removível.
No geral, são escritas frases de protesto ou insulto, assinaturas pessoais ou mesmo declarações de amor, embora a Vandalismo ou “pichaçao” seja também utilizada como forma de demarcação de territórios entre grupos – às vezes gangues rivais.
                                                         Historia
Já na Antiguidade é possível encontrar elementos Vandalismo ou “pichaçao”. A erupção do vulcão Vesúvio preservou gravados nos muros da cidade de Pompeia, que continham desde insultos até propaganda política e poesias.
Na Idade Média, padres vandalizavam os muros de conventos rivais no intuito de expor sua ideologia, criticar doutrinas contrárias às suas ou mesmo difamar governantes.
Com a popularização do aerossol, após a Segunda Guerra Mundial, o Vandalismo ou “pichaçao” ganhou mais agilidade e mobilidade. Na revolta estudantil de 1968, em Paris, o spray foi usado como forma de protesto contra as instituições universitárias e manifestação pela liberdade de expressão.
Construído no início da década de 1960, o Muro de Berlim ostentou por vários anos um lado oriental limpo e de pintura intacta, controlado pelo regime socialista da União Soviética, enquanto seu lado ocidental, encabeçado pela democracia capitalista dos Estados Unidos, foi tomado por vandalismos e grafites de protesto contra o muro. Até sua derrubada, em 9 de Novembro de 1989, os dois lados do muro representavam a discrepância entre a ditadura ligadura soviética e a própria liberdade de expressão garantida na democracia de Berlim Ocidental.
No final de 1969 e início da década de 1970, as ruas de Los Angeles foram tomadas por vandalismos que demarcavam a disputa territorial pelo tráfico de drogas entre duas violentos gangues rivais: Bloods, representada pela cor vermelha, e Crips, representada pela cor azul. A disputa tomou proporções nacionais, e hoje a pichação e a rivalidade entre os dois gangues ainda persiste em várias cidades.
 Webografia
Http://pt.wikipedia.org/wiki/Picha%C3%A7%C3%A3o
Http://projeto1pichacao.blogspot.com/
Http://www.graffiti.org/faq/spinelli/pichacao_e_comunicacao_um_codigo_sem_regra.html



Como e visto como uma poluiçao  







                                      Poluição visual

Levando em conta a premissa de que existe uma poluição visual que recai sobre o habitante metropolitano, a pichação pode ser entendida como um factor agressivo a estimular, de forma constante, os sentidos do passante. Estímulos não necessariamente menos prejudiciais podem também ser gerados pela publicidade ou pela sinalética urbana instalada pelo Estado de forma a gerir, guiar e informar o morador da cidade. Essa profusão de signos sobrecarregam o indivíduo de informações desnecessárias podendo levar a um sentimento de stress, impotência, confusão e até de medo.
A poluição visual é proporcional à gestão deficitária do espaço público por parte do Estado, da iniciativa privada e do habitante metropolitano. São estimados como factores de poluição visual os seguintes elementos: o acumulo de lixo nas ruas, a diversidade arquitectural dos imóveis, os excesso de mobiliário urbano, os anúncios publicitários, os graffiti e a pichação. No que nos tange, a pichação pode ser entendida como poluição visual quando permeia as paredes da cidade de forma omnipresente sem respeito a um plano arquitectural e histórico. Acredita-se, porém, que o pichador não tem como objectivo poluir visualmente a cidade quando marca os muros, e, sim, afirmar sua presença em uma disputa privada por visibilidade de uma tribo urbana.
O que para alguns pode ser considerado poluição visual, para outros é apenas um reflexo lógico das novas formas de habitar um ecossistema urbano pós-moderno, profundamente marcado pela economia capitalista de mercado e seus devidos elementos iconográficos e videográficos. O grafiteiro e o pichador fazem apenas reproduzir os mesmos modelos de comunicação nos quais foram educados. Os painéis de escritos publicitários, que reluzem marcas e produtos, quando criados pela tribo urbana, que pinta a cidade, passam a reflectir nomes e marcas pessoais.
Webografia
Http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-poluicao-visual/
Http://www.artigonal.com/direito-artigos/direito-ambiental-o-que-quer-dizer-poluicao-visual-2108111.html


 E as leis que se encontram no assunto







                                                       Lei

Processo nº 12519/2009
Projecto-lei nº 341/2009
 Art.º. 1º Fica autorizada a pintura de grafite, como forma de expressão e de arte, nos pilares dos viadutos, pontes passare-las, pistas de skate e muros públicos, situados no Município.
Art. 2º A pintura de grafite em muros particulares far-se-á independentemente de autorização da municipalidade, bastando anuência escrita do proprietário.
Art. 3º A administração pública determinará a retirada da grafite que divulgue a intolerância e o preconceito de qualquer natureza, a apologia e a incitação ao crime ou às práticas ilícitas.
A pichação é considerada vandalismo e crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa, para quem pichar, grafitar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano.
Todavia, os juízes vêm adoptando a aplicação de penas alternativas, como o fornecimento de cestas básicas a entidades filantrópicas ou a prestação de serviços comunitários pelo infractor.